Capão da Canoa - RS

Capão da Canoa - RS
Paz... Silêncio... Tranquilidade... Emoção...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POESIAS FARROUPILHAS




ATIVIDADE DESENVOLVIDA NAS TURMAS 301 E 303, NA AULA DE LITERATURA DA PROF. ANA RUTE PAZ, DURANTE A SEMANA FARROUPILHA COM OBJETIVO DE EXPANDIR, INCENTIVAR E VIVENCIAR A CULTURA GAÚCHA NÃO SOMENTE NO MÊS DE SETEMBRO.


Por um Rio Grande Melhor


Rio Grande, minha terra

Que o passado guarda com zelo.

Serviram realmente,

Nossas façanhas de modelo?


Ideologias libertárias

Resumidas em fogo brando

Tua gente prefere viver mal

Do que morrer lutando?


Se maldiz seguinte estado,

Mas estás em cima do muro

Não vangloriai mais o passado,

E lutai por teu futuro!


Esta terra é especial,

Porque assim foi Deus quem quis

Dane-se a hipocrisia nacional,

O Rio Grande é o meu país!!!

Felipe e Luana


Gaúcho sou


Acordo cedo,

Para ir ao rodeio

Laçar e mostrar meu dom

Gaúcho de tradição

Laçador de profissão


Prenda e peão

Dançam vanerão

Com muita empolgação

Por todo salão.


Vou ao CTG

Fico no piquete

Escuto o Pretinho Básico

E a galera faz o churrasco

Com essa tradição

Que trago no coração.

Jéssica, Leonardo, Mariane


Sou Gaúcho


Oi, sou gaúcho

Gaúcho de coração

Venho por este poema

Falar de minha tradição.


Dizem que somos veados

Veados não somos não!

Aqui não tem essa história

De Lacraia e Vera Verão.


Mas que orgulho tenho de minha terra

A terra do chimarrão

Terra de gremistas

Gremistas de coração.


Agora vou acabando

Porque não tem mais o que pensar

Vou indo para casa

Pois o almoço está a me esperar.

João Otávio e Salvador


A História do Gaúcho Belchior


Acordou cedo e como um bom gaúcho

Foi preparar o chimarrão

Procurou a erva, mas nada viu

Perguntou à prenda, ela não sabia

Então mandou ela pra...

Cama novamente.


Saiu de casa galopando

Foi até o CTG

Viu o gaúcho reclamando

E mandou ele se ... tratar.


Disse que estava ficando louco

E que era o efeito da pinga

No piquete estava brabo

Porque a china que pagou era o Tinga.


Jogador do internacional

Aquele moreno, pretinho básico

“Tchê! Que loucura essa pinga!

Tem mais é que reclamar,

Que pra ti não tem muita opção,

Tinha mais é que experimentar.


Coitado do gaúcho

Não parava de chorar

Agora com sua bombacha rasgada

Ele vai ter que costurar.


Assim acaba a história

Do gaúcho Belchior

Já vimos que bombacha mal costurada

Sempre acaba na pior.

Maurício e Mirele


História de um Gaúcho


O Gaúcho é forte, é guerreiro

Com lenço e bombacha

Não nega que é farrapo.

A história conta que na guerra ele foi bravo.


Nessa tradição não falta o chimarrão

O churrasco muito menos o cavalo e o peão.

Seu hino é respeitado nessa querência tão amada.


A guerra ele ganhou

E no CTG

Com música, ele comemorou

Fandango nesse rodeio, não faltou.

Jéssica


Orgulho de ser Gaúcho


Gaúcho de todas as querências

Sente aqui e tome um chimarrão

Deixe seu cavalo arriado,

Traga sua prenda amada

E conosco cante a moda de violão.


De bombacha, lenço e chapéu

Permanece a tradição

O amor pelo Rio grande

Segue forte,

Dentro do seu coração.


No vinte de setembro

Comemora sua vitória

Gaúcho forte, aguerrido e bravo

Segue adiante,

Com orgulho de sua história.

Bruna e Hillary


Gaúcho


Em nossa tradição

Há sempre um bom chimarrão,

Trazido pela prenda

Acompanhada de seu peão.


Gaúcho, nosso gaúcho

Guerreiro que só ele,

Montado em seu cavalo

Com seu laço vai ao rodeio.


Farrapos, guerreiros de tradição

Pelo vinte de setembro

Lutaram com orgulho no peito,

Pelo fim de uma revolução.

Bruna e Denise


História


Nos campos verdes do Rio Grande

Corre o sangue de um bravo gaúchão

Guerreiro que com brava luta

Conquistou seu pedaço de chão.


As mortes foram muitas

Mas foram bem honradas

Lembradas com amor

Em nossa terra amada.


Hoje somos força

Churrasco, luta e chimarrão

Nos fandangos vemos a noite

Com uma linda canção.

Valquíria


Sapucai


Sapucai é grito de guerra

Criado pelos índios

Nascidos em nossa terra

Pois quem morreu por este chão

Peleando de adaga e garrucha

Viveu a nossa história gaúcha.


Nossa história não é só peleia

Por isso me solto das maneias

Pra falar pelo Rio Grande

Que o meu verso chucro se espande

Quando um guapo abre a gula

Estufa o peito e berrada

O puro Sapucai da nossa terra.

Juliano


Rio Grande Amado


O Rio Grande do Sul

Estado tradicionalista

Que carrega em sua bandeira

Suas culturas e influências.


Bailes e festas encantando

A quem vê prendas e peões

Dançando até o amanhecer

Enquanto o assador prepara

Um churrasco com amor.


O rodeio reúne pessoas

De todas as partes

Juntos admiram um grupo

De dança tradicionalista

Saboreando um delicioso churrasco.

Taynara e Veridiana


Gaúcho de Tradição


Celebrar a Semana Farroupilha

É a nossa tradição

Fazendo um bom carreteiro

E um bom chimarrão.


Montamos um grande acampamento

Para ouvirmos uma boa música

Dançar com uma bela prenda

Ao som de uma bela canção

Faz-nos lembrar da cultura

Com amor no coração.


Ser gaúcho é ser feliz

Churrasco e chimarrão

Em volta de uma fogueira

Cantamos uma bela canção.

Os que escutam se encantam

Com o som do violão.

Patrícia e Leno


Ninguém Provoca


Rio Grande que não é meu

E não é teu

Rio Grande que é só meu

E não é do Louco Abreu.


Quando eu estou

De bombacha e bota

Todo mundo olha

Mas ninguém me provoca.


Gaúcho é que gaúcho

Come carne e rói o osso

E não fica nenhum dia

Sem um bom almoço


Quando pego o meu facão

Faço risco no chão

E as prendas lá do Capão

Vem me dar seu coração.

Guilherme, Guilherme, Moacir


Gaúcho


O gaúcho tem muitas histórias

Lutando pelo seu Rio grande

Sempre com muita bravura

E força no peito.


Gaúcho que é gaúcho

Anda sempre com seu chimarrão

Sai campo a fora com seu cavalo

E o seu chapéu na mão.


Muitas prendas lindas

Temos nesse Capão

Dançando sempre as músicas

Do nosso rincão


Fazendo um bom churrasco

Para os amigos no rodeio

Sempre acampando

Temos amores pelo nosso Rio Grande.


Com seu chapéu na cabeça

E sua bota no pé

Todos fazem churrasco

E pegam mulher.

Camila


Semana Farroupilha


O meu Rio Grande do Sul

Guarda com amor sua tradição

O gaúcho mostra isso

Com grande comemoração.


E na Semana Farroupilha

Ele monta acampamento

Veste sua bombacha

Para viver o momento.


Ele pega sua prenda

Monta em seu cavalo

Sai pela querência

No dia vinte de setembro

Mostrando sua experiência.


Com muito orgulho no peito

Canta o hino

Que surgiu na guerra

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Caroline, Jaqueline, Raquel


Bravo Guerreiro


Com laço e chicote na mão

Lá estava o forte gaúcho

Com um sorriso estampado

Relembrando o passado.


Só havia alegria e nada de desgosto

Talvez um pouco de tristeza

Por seus bravos irmãos

Que com orgulho no coração

Lutaram pela tradição.


Bravo gaúcho, forte guerreiro

Hoje permanece tranquilo

No solo que é seu

E para conquistá-lo, o seu sangue deu.

Caroline e Roger


História e Tradição


No CTG rodeio vamos ter

Churrasco e um bom chimarrão

As prendas podem fazer.

A cavalo, os gaúchos chegarão

Com seu chimarrão

E o laço na mão.


Em setembro o baile acontece

A música é alta e o peão aparece

Logo vem a prenda com uma flor

Tomando seu chimarrão com fervor.


Ao redor da fogueira

Histórias irão contar

De guerreiros farrapos

Que morreram para nos salvar.


Para este poema terminar

O rodeio vamos fechar

Em setembro do ano que vem

É que iremos voltar.

Graziela e Édina


Amada Querência


O gaúcho em sua pilcha

Mostra toda sua imponência

Com garra e vigor

Protege sua amada querência.


Nosso hino mostra

O amor por esta terra

Somos gaúchos aqui

E em qualquer guerra.


Nos tempos em que era guri

Meu pai me dizia:

“- Não se atrase, meu filho,

Hoje começa a Semana Farroupilha.”


Ter orgulho de ser gaúcho

É quase uma obrigação

Esta terra por mais que seja grande

Cabe dentro do meu coração.


Gaúcho que peleia

Que é lá do rincão

Luta até morrer

E honra sua tradição.


Tem sangue de guerreiro

É gaúcho, é missioneiro

Tua bravura é exemplo

Pra todo o brasileiro.

Aira, Deise, Jéssica


Gaúcho


Quando ouvimos a palavra gaúcho

Enchemo-nos de paixão

Por fazermos parte do Rio Grande

E dessa tradição.


Ser gaúcho não é só ter nome

É torcer por um time campeão

É ir todos os domingos ao Beira Rio

Com o Chimarrão na mão.


Bombacha, churrasco e chimarrão

É o que compõe um guerreiro

O peão e sua prenda

Preparam juntos o carreteiro.


A noite, ao redor do fogo-de-chão

Dançam felizes com a pinga na mão

O peão com sua prenda

Toca a tradição no seu violão.


Quando éramos piás

Muitos causos nós avós contavam

Da bravura daqueles guerreiros

Que na Guerra dos Farrapos lutaram.

Renata e Tamiris


Gaúcho de Tradição


Amanhã temos churrasco

Na casa de um compadre

Com muito chimarrão

Nós vamos pro rodeio a tarde.


Vamos pro rodeio a cavalo

Honrando a tradição

Escutando Luis Marenco

E arrastando o pé no bailão


A noite tem carreteiro

Com muito vanerão

Vou fazendo essa rima

Com muito charque e chimarrão


No outro dia, acordo bem cedo

Já meto uma pinga boa

E pra matar o calor

Vou tomar um banho na Lagoa.

Rayan, Cadu, Ruan


Gaúcho


Como é bom ser gaúcho

Cheio de orgulho no coração

Tomando chimarrão

Lá no meu rincão.


Prenda linda do meu coração

Vamos acordar cedo

Para ir ao CTG

E dançar um vanerão.


Com a minha bombacha

Eu sou peão

Fazendo um churrasco

No fogo de chão.


No rodeio tem cavalo,

A chula e o chimarrão

E as prendas lindas

Que dão orgulho a nossa tradição.


Como é bom ser gaúcho,

Gaúcho de tradição

Deixo um abraço pra Capão

E sigo no meu cavalo lá pro meu rincão.

Christian e Franciele


Tradição


No rodeio como carreteiro

Esperando para laçar o boi brabo

Para mostrar pra prenda amada

Que gaúcho é muito macho.


No CTG danço vanerão

Com a menina mais bonita

Antes de ir para guerra

Contra os castelhanos daquela terra.


No meu cavalo vou para o pago

Onde se dará a peleia

Não sei se vou voltar

Para os braços da minha sereia.

Darlan


Províncias


Na beira do Guaíba, tomo meu chimarrão

Como meu churrasco

E com a prenda mais bonita

Danço vanerão.


No domingo ensolarado,

Coloco meu manto sagrado

Vou para o estádio

Torcer para meu time amado.


Pego meu cavalo,

A fria invernada atravesso

Pelo sertão vou indo,

Do velho galpão me despeço.


É hora de recomeçar,

Fazer valer a pena as cores do Rio Grande

Só irei parar de lutar

Até que a morte Deus me mande.


Lentamente a geada cai no campo

Pego a bombacha, o pala e a espora

É hora de acender o fogo de chão

A chama do Rio Grande aquece meu coração.

Alessandro, Guilherme, Jackson


Semana de Paixão


Existe dentro do coração

De quem nasce aqui no Sul

Um sentimento chamado tradição

Viva o Rio Grande do Sul!


Durante o ano ele adormece

Só se fala em Grenal

Mas quando setembro aparece

A programação é cultural.


Os peões desencorajados

Nos bailes do CTG

Ganham chingão dos amigos:

“Tu não é macho, tchê?”


E essa semana passou

Os mineiros acham

Que nada mudou

Mas eles não entendem

É que a chama Farroupilha

Continuará com nossas filhas.

Cristine e Marcela


Tradições


Todos os dias à noite

Nos reunimos em volta da fogueira

Para ver o violeiro tocar

Tomamos chimarrão

Enquanto prendas e peões

Começam a dançar.


Logo ao nascer do sol

O leite da vaca eles vão tirar

Para tomar no café da manhã

E logo depois ir trabalhar.


Ao meio dia, o carreteiro

As prendas começam a cozinhar

E os peões, palheiros a fumar.

Assim de geração em geração

As tradições começam a passar.

Dyana, Geciéle, Maiara


Ser gaúcho


Ser gaúcho é ser valente

Ter orgulho da nossa gente

O gaúcho vem da lida

E logo pede para sua prenda linda

O chimarrão de erva amarga

Que lhe dá uma descansada

No domingo seu churrascão

E baile com vanerão

Lutou dez anos de guerra

Pra ter hoje a sua terra

Gaúcho, pura tradição

Acorda cedo e já tem água no fogão

E a cuia grudada na mão

Gaúcho tem orgulho de sua nação

Amo ela com todo o seu coração.

Karina

Tradição

Gaúcho de tradição

Come um bom churrascão

Tem muita tradição

Entre elas o chimarrão.

Chimarrão este que se toma

Junto ao Guaíba

Assistindo ao Grenal

Mas quando setembro chega é tudo cultural.

Tradição do bom gaúcho

Carreteiro de charque tchê!

Chula, prendas e vanerão

Completam essa tradição.

Um gaúcho bem tratado

Segue a tradição

Com a prenda ao seu lado

Curtindo o chimarrão.

Em nossa tradição

Tem peão que é laçador

Pega o cavalo no laço

Sem o bicho sentir dor.

Alessandra e Luiza


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CANÇÃO DO EXÍLIO PARODIANDO GONÇALVES DIAS - II


Esta atividade foi realizada em agosto de 2010. Os alunos do 3º ano foram ao Laboratório de Informática e digitaram diversos textos criados e redigidos nas aulas de literatura.

Canção da Cidade Maravilhosa

Oh capão, oh terra Amada
Eu sentado na beira do mar
Vendo as gatinhas passar
Eu ali na expectativa prontinho para paquerar

Nosso céu com muitas nuvens
Em dias de fortes tempestades
Despertando a alegria
E novas amizades.

Mariscão, o grande estádio
Um dia vou te ver crescer
Conhecido no Brasil inteiro,
Estádio que me fez vencer

Cidade maravilhosa
Todos dizem que é o Rio de Janeiro
Nada chega aos pés de Capão
Conhecido no mundo inteiro
Minha cidade Maravilhosa.
Alessandro dos Santos Schiraski - 301


Canção da saudade

Minha terra é Capão
E tem mar e lagoa
A lagoa é podre
Mas a praia é boa

Minha cidade no verão
É cheia que nem formigueiro
Quero dar banda no centrinho
Mas estou sempre sem dinheiro

Mas ah que maravilha
Maravilha é Capão
Não sei o que escrever
Estou sem inspiração

E assim vou terminando
Porque está na hora de bater
Tenho que escrever qualquer coisa
Porque senão o poema não vai render.

José Augusto - 301


Coração no exílio

Minha praia um mar,
Onde posso me banhar,
O sol que aqui brilha,
Não brilha como lá.

Nosso vento tem mais perfume,
Nossas árvores mais frescor,
Nossos peixes são mais belos,
Nossa lagosta mais sabor.

Em festa, acompanhado, à noite,
Mais prazer eu encontro lá,
Minha praia tem um mar,
Onde posso me banhar

Minha praia tem agito
Que não encontro eu cá,
Em festas, acompanhado à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha praia tem um mar,
Onde posso me banhar.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute desse verão
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste o mar,
Onde posso me banhar
Karina Martins - 301


Canção do exílio

Naquela terra tem mais vida.
Minha história é de lá
Em Capão eu tenho corujas
Aqui só tem sabiá.

Nosso mar tem mais onda
Nossa praça tem mais risos
Nossa igreja tem mais fiel
Nossas escolas bem mais que amigos

Quando estou sozinha, à noite,
Lá há o que fazer
Nessa terra de branquelos
Eu vou morrer

Minha terra tem galetos,
Que tais não encontro eu cá
Lá meu futuro é garantido
Aqui só tem babaca.

Não permita Deus que eu falhe
Pois melhor lavar pratos em Capão
Que ficar neste boqueirão.
Marcela – 301


Canção do exílio

Minha terra tem ar puro
Onde muitos desejam estar
As belezas que eu vejo aqui
Não chegam aos pés das belezas de lá

Da sacada da minha casa conto estrelas no céu
Daquela mesma sacada via flores nunca vistas antes
Nas nossas florestas mais arvores
Árvores que presenciaram muito amor

Saudade dos dias de sol
Dias tranquilo, descanso.
Na beira da lagoa ou mar

Saudade da vida que lá tinha
Dos dias inesquecíveis vivido ao mar
Meu desejo é voltar ao lugar
Onde nasci e onde desejo ficar.

Cristine Dominiak – 301




Canção do Exílio

Minha terra tem praças,
Onde posso me encontrar,
Os carros, que aqui buzinam,
Não buzinam como lá.

Nossa escola tem mais alunos,
Nosso mar têm mais peixes,
Nossos verões tem mais vida
Nossa vida mais gente.

Em cantar, sozinho, à noite,
Mais conforto eu encontro lá,
Minha terra tem lugares,
Onde vamos namorar.

Minha terra tem locais,
Que estes não encontro eu cá,
Em cantar, sozinho, à noite,
Mais conforto eu encontro lá,
Minha terra tem lugares,
Onde vamos namorar.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá
Sem que desfrute os lugares,
Que não encontro por cá,
Sem avistar as belas garotas,
Onde cheguei a namorar.

Maurício B. – 301




Canção do Exílio

Minha terra tem lagoa
Onde canta o sabiá
Mar que tem aqui
Não banha como o de lá

Nossos parques têm crianças
Nossa praia tem coruja
Nossas escolas têm amores
Aqui ninguém abusa

Aqui sozinha à noite
Me lembro do céu de lá
Aqui sem alegria
Lá eu vou dançar

Minha terra tem mar
Minha terra tem lagoa
Minha terra tem gente boa
E eu amo Capão da Canoa

Minha terra tem farol
Todos vêm o pôr do sol
Minha terra tem o centrão
Onde eu passo o meu verão!
Bruna Cardoso - 301




Canção do Exílio

Minha terra tem dunas
Que são lindas como o mar
Lá moram as corujas
Que fogos não deixam estourar

Minha terra tem amores
Que eu gosto de amar
Eles são a razão da minha vida
Que me fazem sonhar

Eu saio sozinho à noite
No calçadão a caminhar
Lá eu caminho na minha vida a pensar

Capão da Canoa que tem terra mais boa
Aqui só tem gente boa
O lugar preciso como o mar
É aqui que eu gosto de morar.

Christian Matzembacher - 301


Canto do galo Shino

Minha terra tem dunas de areia
Onde canta o quero-quero
Com o mar muito grande
Vou aonde eu quero

Nossa praia tem mais gente
Veraneio tem mais vida e zoação
Alegria e só pra gente
O Rio Grande só existe em Capão

Não é só multidão sobre a praia
Há muita gente que vai para a lagoa
São teus filhos brincando na areia
Com solzão e marzão que coisa boa

Mas que saudade eu sinto
Que saudade eu sinto de Capão
Onde a guriazinha anda
E o gurizinho vai comprar pão
Salvador Yanes - 301


Canção do Galítio

Minha terra tem veronas,
onde eles vão para o obrão.
O tibia que aqui se joga
não se joga como em Capão.

Nossa praia tem mais areia,
nossa água é mais turva.
Aqui "nóis não tem pareia",
nenhum "dos galo berra na curva."

Domingo de inverno,
o centro é intediante.
Mas quando lota o Lynemar,
tem liquidação de boné da Rusty.

E quando vem a chuva,
bate aquela solidão.
Pra atravessar a Boianowiski
nego pratica natação
Oh que saudade, meu galo!
Que eu sinto de Capão!
Felipe - 301


Canção de Alívio

Minha terra tem prédios,
grandes construções.
Onde no inverno é vazio e tranquilo,
e no verão é cheio e infernal.

Não sinto muita saudade,
pois estou em um lugar melhor.
Só se for da minha família
que não vejo à um ano.

Aqui tem pessoas civilizadas,
que não gritam "ãi galo".
Nunca gosto de praia,
então não sinto vontade de voltar.
Darlan 301


Canção do Exílio

Minha terra não tem terra
É nada mais do que areia
As dunas a beira-mar
E as corujas que aqui gorjeiam

Nosso céu é mais azul
Nossa água mais pura
Nossa fauna é mais perfeita
Sem alguma estranha criatura

Ao sair sozinho à noite
Muitas festas encontro lá
Terra de gente festeira
Nunca deixarei de te amar

Minha terra tem cantores
Que sucesso fazem cá
Ao sair sozinho a noite
Muitas festas encontro lá
Terra de gente festeira
Nunca deixarei de te amar.
Jackson Cruz Rosa - 301

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PÉROLAS DO ENEM 2008

Para que meus alunos não cometam erros absurdos como os abaixo relacionados é que resolvi postar estas pérolas do ENEM 2008. Espero que eles leiam com atenção tudo o que está escrito para não repetí-los...


O tema de redação foi Aquecimento global. O que não faltou foi criatividade em viajar e filosofar.


01) "o problema da Amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."


02) "A Amazônia é explorada de forma piedosa." (?)


03) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta."


04) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (velocidade 5 do créu!)


05) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)


06) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é lei!)


07) "Espero que o desmatamento seja instinto." (Espero que não!)


08) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (os animais extintos também merecem uma cerveja para comemorar quando o ar estiver limpo)


09) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (os poluentes são muito emotivos...)


10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)


11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas."


12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)


13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)


14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)


15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)


16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)


17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (ÃHN?)


18) "Paremos e reflitemos." (beleza)


19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)


20) "Retirada claudestina de árvores." (caraulio!)


21) "Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)


22) "A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)


23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)


24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração." (Já ouviu a expressão: "estar com o coração na mão"? Surgiu aqui.)


25) "A Amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "o mais enchedor de lingüiça")


26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)


27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)


28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes." (red bull neles – dizem as árvores)


29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório." (ótima)


30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (subindo!)


31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (?)


32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (que burragem)


33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles!)


34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh, God!)


35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)


36) "A fiscalisação tem que ser preservativa." (lerê-lerê)


37) "Não podem explorar a Amazônia de maneira tão devassaladora." (neologismo pra devastadora + avassaladora)


CANÇÃO DO EXÍLIO - PARODIANDO GONÇALVES DIAS

Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
(Gonçalves Dias)

Comentário:
A Canção do Exílio é a poesia mais parodiada desde a sua primeira versão, escrita por Gonçalves Dias.
Eis aqui algumas outras versões deste poema:
Canto de Regresso à Pátria - Oswald de Andrade
Nova Canção do Exílio - Carlos Drummond de Andrade
Canção do Exílio - Murilo Mendes
Canção do Exílio - Casimiro de Abreu
Assim os alunos do 3º ano do turno da manhã também fizeram as suas paródias. Eis algumas da turma 304.

Canção do Exílio

Minha terra tem dunas
Onde repousam as corujas
As corujas que aqui dormem
Não são como as de lá.

Nosso mar tem mais beleza
Nossa terra mais respeito
Nosso parque mais pureza
Nossas pessoas têm mais jeito.

Minha terra tem belezas
Que não encontro cá
Lá também tem gentileza
Que aqui não há.

Do Capão tenho saudade
E pra lá quero voltar
Quero recuperar a liberdade
Que tive de deixar.
(Lucas Saraiva – Turma 304)


Lembranças de Capão

Capão da Canoa
Cidade tão boa
Suas praças e parques
Que se iluminam sobre a garoa
Tudo nela encanta
Tudo nela desabrocha
Na cidade que digo minha
Mas não só minha como nossa.

Na cidade em que passei
Muitos sonhos presenciei
Capão que se faz
Tão bela e cheia de paz
Vivi e vivo a minha cidade
Pois a amo de verdade
Seus belos campos têm mais flores
Seu jeito de ser encanta senhores.

A saudade me faz pensativo
Sobre a situação em que vivo
Devo voltar pra minha Capão
Pra fazer feliz meu coração.
(Gustavo Scheffer – Turma 304)


Canção do Exílio

Minha terra tem corujas,
Que vivem a voar
E dos seus pequeninos filhotes
Elas vivem a cuidar.

Minha terra tem mais vida
Onde todos vivem a trabalhar
Minha praia tem pessoas
Que vivem a pescar.

Minha cidade tem pessoas
Que eu vivo a saudar
E também tem lembranças
Que nem o tempo irá apagar.
(Christian Silveira – Turma 304)



Canção do Exílio

Minha terra tem bastantes prédios
Quase invadem o nosso mar
As chuvas quando vêm
Alagam da lagoa ao mar

Nosso céu tem bastantes estrelas
Como é grande o nosso mar
Com vários peixinhos
Felizes a nadar

Em caminhar sozinho à noite
Encontro muitos ladrões a passear
Minha terra tem bastantes prédios
E eles se escondem por lá!
Minha terra tem tudo isso
Mas eu amo morar lá.
(Marco Antônio Junior – Turma 304)


Canção do Exílio

Minha terra tem o mar
Aonde eu posso tranqüilo respirar
As aves que aqui voam
Não são livres como lá

Nossas vidas têm mais tranquilidade
Nossa cidade prosperidade
Vivemos com dignidade
Construindo amizades.

Espero que depois que o mundo eu conhecer
Caminhos enfrentar
Eu possa voltar
Porque é pra lá que irei descansar.
(Ruan Sebastian Medeiros – Turma 304)


Minhas Origens

Minha cidade tem lagoa
Lagoa que aqui não há
Minha terra tem canário
Canário que aqui não canta

Estou aqui pela oportunidade
Oportunidade que não tive lá
Mas minha origem não me esqueço
Porque sei que sai de lá

Espero um dia poder voltar
Somente para visitar
Pois onde me encontro agora
Também é um bom lugar de se morar.
(Roger Borges – Turma 304)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

OS GRANDES PINTORES DO MODERNISMO BRASILEIRO

Após o trabalho sobre a Semana de Arte Moderna, meus alunos tiveram a feliz tarefa de fazer a recriação de algumas obras de grandes pintores modernistas: Di cavalcanti, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Não pude deixar de colocar uma pintura de Pablo Picasso, pois sei que tenho uma aluno que gosta bastante deste pintor.
Estou anexando algumas produções já concluídas.