Antes de desenvolver sua proposta de redação, leia atentamente a coletânea de textos e veja a importância de se escrever corretamente nos dias atuais.
Instruções:
- Leia atentamente os textos dados;
- Desenvolva sua argumentação fundamentando suas afirmações;
- Não deixe de preencher por completo o cabeçalho da folha;
- Valorize a caligrafia para ser melhor entendido.
- Tente alcançar um mínimo de 30 linhas.
- Não discuta os fatos levado por emoção violenta, preferência ou escolha de ordem individual.
- Procure dar exemplos, na parte argumentativa, de fatos recentes e que sejam de conhecimento público, divulgados por jornais e revistas.
- Fuja de texto circular. Evite retomar as mesmas ideias ao longo do texto.
Coletânea de textos
Texto 1
Na página 25 da Veja de 13 de fevereiro de 2008, temos um artigo do Millôr Fernandes chamado “Língua, pra que vos quero?”. Ei-lo abaixo:
LÍNGUA, PRA QUE VOS QUERO?
Linguagem. Ainda e sempre.
Voltando ao dr. Aldo Rebelo, que outros preferem Rabelo.
Como o senhor é um nobre batalhador pela pureza da língua (se fosse geneticista ou hitlerista proibiria também as moças brancas de transar com escurinhos e os negões de transar com louras burras, e estaria condenada essa execrável miscigenação), lembrei-o de que a mais brasileira das palavras é futebol.
E tem mais, nobre deputado (é nobre ainda, deputado?), futebol talvez seja hoje a mais universal das palavras. Estrangeira em toda parte. Nacional em todo lugar.
E o senhor sabe que, no passado, os aldos rebelos de então, numa tentativa de evitar a introdução no país do termo football, lutaram pra que o esporte se chamasse ludopédio? Ou, melhor ainda, pebolismo? Como o senhor, lingüista emérito, já percebeu, não colou. O esporte, estrangeiríssimo, este, sim, colou. Colou aqui, colou ali, colou até na China. Onde se chama, é verdade,
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Como o senhor é um nobre batalhador pela pureza da língua (se fosse geneticista ou hitlerista proibiria também as moças brancas de transar com escurinhos e os negões de transar com louras burras, e estaria condenada essa execrável miscigenação), lembrei-o de que a mais brasileira das palavras é futebol.
E tem mais, nobre deputado (é nobre ainda, deputado?), futebol talvez seja hoje a mais universal das palavras. Estrangeira em toda parte. Nacional em todo lugar.
E o senhor sabe que, no passado, os aldos rebelos de então, numa tentativa de evitar a introdução no país do termo football, lutaram pra que o esporte se chamasse ludopédio? Ou, melhor ainda, pebolismo? Como o senhor, lingüista emérito, já percebeu, não colou. O esporte, estrangeiríssimo, este, sim, colou. Colou aqui, colou ali, colou até na China. Onde se chama, é verdade,
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E, o senhor sabe?, sei que sabe, que a posição dos jogadores ou os próprios jogadores pela posição se chamavam goal-keeper (pronunciava-se gol quíper), back, half, center-half, ou forward, center-forward? E que o juiz se chamava não juiz como agora, que pode até se confundir com os do Supremo de frango, mas, veja só, meritíssimo, referee?
Sabe o que aconteceu? Sem nenhum legislador pra ensinar ao povo, o povo tomou a rédea nas mãos – ensinou aos legisladores. Povo tem que ser controlado, como sabemos todos nós do PCB.
Por isso temos hoje o goleiro, o zagueiro, o meio-de-campo, o avante e por aí vai. E referee passou a se chamar juiz. Não é estranho? Tudo isso sem legislação.
Porém, se não é estranho, é muito curioso, mas ninguém repara. Os times se chamavam, como ainda se chama o meu glorioso Fluminense, Fluminense Futebol Clube. Em nossa língua deveria se chamar não Futebol Clube mas Clube de Futebol. O adjetivo antecedendo o substantivo é puro anglicismo. Mas não é natural, doutor? O esporte bretão (era chamado assim, meritíssimo), como o nome indica, vinha da Inglaterra.
Quanto ao córner virar escanteio, sou contra. Corner era muito melhor.
Como diria o Jânio (Quadros): "Que língua, a nossa!".
Texto 2 Sabe o que aconteceu? Sem nenhum legislador pra ensinar ao povo, o povo tomou a rédea nas mãos – ensinou aos legisladores. Povo tem que ser controlado, como sabemos todos nós do PCB.
Por isso temos hoje o goleiro, o zagueiro, o meio-de-campo, o avante e por aí vai. E referee passou a se chamar juiz. Não é estranho? Tudo isso sem legislação.
Porém, se não é estranho, é muito curioso, mas ninguém repara. Os times se chamavam, como ainda se chama o meu glorioso Fluminense, Fluminense Futebol Clube. Em nossa língua deveria se chamar não Futebol Clube mas Clube de Futebol. O adjetivo antecedendo o substantivo é puro anglicismo. Mas não é natural, doutor? O esporte bretão (era chamado assim, meritíssimo), como o nome indica, vinha da Inglaterra.
Quanto ao córner virar escanteio, sou contra. Corner era muito melhor.
Como diria o Jânio (Quadros): "Que língua, a nossa!".
Policiais acham carro roubado com placas de "Frorianópolis" em SP
Folha de S.Paulo, 16/ jun./2006, Folha On-Line, 14h06min
Proposta de Redação
O tema da nossa redação é título do post onde se encontrava a notícia de outro roubo frustrado por causa de erros de ortografia.
"Para o bem ou para o mal, o conhecimento e a educação são importantíssimos."
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